Diagnóstico
Há
dez anos busco o autoconhecimento e uma melhora que fosse significativa
para as minhas limitações. Fiz terapia com psiquiatra durante 4 anos e
outras terapias como as Constelações Familiares.
Há
dois anos tenho lido informações sobre
Asperger, não sei por que algo que eu nunca tinha ouvido falar me chamou
tanto atenção. É como se a vida, os espíritos, o meu Eu Superior, o
subconsciente, ou
seja lá o que os seus pensamentos estejam nominando agora, estivesse
preparando
para mim uma nova lição. Comecei a ter consciência de que realmente se
parecia
comigo, então perguntei para as pessoas que me conheciam o que elas
achavam, e
é claro que nenhuma delas concordou com a minha percepção. Foi quando li
um
livro do PhD em Ciências, André Rugenski, que diz que o Asperger é o
primeiro a
reconhecer sua condição e ele irá saber tudo sobre o assunto mais até do
que o
próprio terapeuta, mas negará a si mesmo. Eu neguei, sou capaz de
assistir um
filme e achar que não sou autista porque eu sou igualzinha ao personagem
do
filme.
A avaliação é demorada, não existe um exame neurológico que indique o autismo. São avaliados o nosso comportamento como os movimentos repetitivos, contato visual e respondemos uma bateria de perguntas sobre comportamento e empatia, a mãe é requisitada para responder algumas perguntas sobre como foi a gravidez, o relacionamento dela com o bebê e também como era a criança.
Nos dias que se seguiram eu senti como se a minha vida estivesse sendo passada a limpo.
Nem todas as pessoas adultas tem características marcantes do Asperger. Principalmente as mulheres que crescem em meio a convivência social, a amizade entre meninas é diferente da amizade entre os meninos, meninas tendem a proteger outra menina que representa ser mais nova ou mais frágil. As meninas também são mais corrigidas pelos adultos, desde o jeito de andar até os movimentos repetitivos, então, para evitar as estas correções e parecerem "normais" elas imitam outras meninas, mulheres e até mesmo um personagem de um filme ou artista predileto.
Um livro que recomendo aqui além do Seu namorado é estranho? do André Rugenski, é o maravilhoso livro da Temple Grandin, O Cérebro Autista. Na primeira parte ela explica o funcionamento do cérebro autista de uma forma mais científica e depois descreve sobre os tipos de pensamentos e outras coisas superinteressantes, é um livro para todas as pessoas lerem e aproveitarem melhor o potencial do seu cérebro.
Vou fazer um post sobre este livro, pois vale muito a pena conhecer e repassar o conhecimento.
2 comentários
Boa noite Juliana, eu sou o André Rugenski.
ResponderExcluirApós escrever o livro, como sou servidor publico, e a minha crise, ou melhor regressão, eu fiquei impedido ao laboro.
Assim, como no Estado é obrigatório passar por junta médica, eu tive o diagnóstico para o autismo.
Falar em Asperger e falar em autismo na fase adulta, quando você não teve o diagnóstico quando criança.
Se você teve atraso na escola eles os psicólogos falam em autismo atípico, na verdade somos atipcos dos atipicos!
Boa sorte e obrigado por ter lido
Meu email é rugenski@hotmail.com
Muito bem André seus pensamentose visão estão encontrado ecos nas pessoas. Regina e Francisco
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