Diagnóstico

by - dezembro 16, 2017


Há dez anos busco o autoconhecimento e uma melhora que fosse significativa para as minhas limitações. Fiz terapia com psiquiatra durante 4 anos e outras terapias como as Constelações Familiares.

Há dois anos tenho lido informações sobre Asperger, não sei por que algo que eu nunca tinha ouvido falar me chamou tanto atenção. É como se a vida, os espíritos, o meu Eu Superior, o subconsciente, ou seja lá o que os seus pensamentos estejam nominando agora, estivesse preparando para mim uma nova lição. Comecei a ter consciência de que realmente se parecia comigo, então perguntei para as pessoas que me conheciam o que elas achavam, e é claro que nenhuma delas concordou com a minha percepção. Foi quando li um livro do PhD em Ciências, André Rugenski, que diz que o Asperger é o primeiro a reconhecer sua condição e ele irá saber tudo sobre o assunto mais até do que o próprio terapeuta, mas negará a si mesmo. Eu neguei, sou capaz de assistir um filme e achar que não sou autista porque eu sou igualzinha ao personagem do filme.


A avaliação é demorada, não existe um exame neurológico que indique o autismo. São avaliados o nosso comportamento como os movimentos repetitivos, contato visual e respondemos uma bateria de perguntas sobre comportamento e empatia, a mãe é requisitada para responder algumas perguntas sobre como foi a gravidez, o relacionamento dela com o bebê e também como era a criança.

Nos dias que se seguiram eu senti como se a minha vida estivesse sendo passada a limpo.

Nem todas as pessoas adultas tem características marcantes do Asperger. Principalmente as mulheres que crescem em meio a convivência social, a amizade entre meninas é diferente da amizade entre os meninos, meninas tendem a proteger outra menina que representa ser mais nova ou mais frágil.  As meninas também são mais corrigidas pelos adultos, desde o jeito de andar até os movimentos repetitivos, então, para evitar as estas correções e parecerem "normais" elas imitam outras meninas, mulheres e até mesmo um personagem de um filme ou artista predileto.

Um livro que recomendo aqui além do Seu namorado é estranho? do André Rugenski, é o maravilhoso livro da Temple Grandin, O Cérebro Autista. Na primeira parte ela explica o funcionamento do cérebro autista de uma forma mais científica e depois descreve sobre os tipos de pensamentos e outras coisas superinteressantes, é um livro para todas as pessoas lerem e aproveitarem melhor o potencial do seu cérebro.

Vou fazer um post sobre este livro, pois vale muito a pena conhecer e repassar o conhecimento.

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2 comentários

  1. Boa noite Juliana, eu sou o André Rugenski.
    Após escrever o livro, como sou servidor publico, e a minha crise, ou melhor regressão, eu fiquei impedido ao laboro.
    Assim, como no Estado é obrigatório passar por junta médica, eu tive o diagnóstico para o autismo.
    Falar em Asperger e falar em autismo na fase adulta, quando você não teve o diagnóstico quando criança.
    Se você teve atraso na escola eles os psicólogos falam em autismo atípico, na verdade somos atipcos dos atipicos!
    Boa sorte e obrigado por ter lido
    Meu email é rugenski@hotmail.com

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    1. Muito bem André seus pensamentose visão estão encontrado ecos nas pessoas. Regina e Francisco

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