Retorno

by - janeiro 06, 2019


Voltei. Depois de 2 meses senti vontade de escrever novamente aqui no blog. 

Atualizando os fatos: Voltei de Malta. E eu estava feliz por estar vindo para casa, mas a viagem de avião foi complicada, entrei em crise no voo que dura 12 infinitas horas e tive muita sorte de uma pessoa perceber e me ajudar.

Resolvi morar sozinha em outro estado, porque eu gostaria de ter essa experiência, penso que é importante para todas as pessoas e principalmente para os autistas que precisam muito buscar sua autonomia. 

As coisas não estão melhores, eu continuo sem pertencer ao mundo, não consigo me encaixar ou fazer amizades. Muitas vezes sinto vontade de dar o meu reset, então, volto para a casa dos meus pais, embora esse desejo não passe.

Eu me sinto sozinha, só tenho mais proximidade com uma pessoa e acabo atrapalhando muito, porque a pessoa tem a sua vida, seus amigos, seus costumes e eu não tenho absolutamente nada. Nem lá e nem aqui. É simplesmente um vazio.

Penso que se eu morrer, eu poderia ir para o vazio do universo e fazer parte dele, pelo menos não iria existir mais nada, tudo acabaria. Não queria acreditar no que as religiões ou a espiritualidade falam a respeito da morte, é prolongar o sofrimento e ser obrigada a estar aqui.

Sempre criei prazos, eu gostaria de ter morrido aos 27 anos, mas não deu certo porque busquei caminhos errados. Eu não queria mais a minha vida, mas tinha que defendê-la. Foi mais ou menos assim naquela época...

O meu ultimo prazo é aos 42 anos, e isso estava decidido na minha cabeça. O problema é que eu penso demais, penso nos meus pais e como eles ficariam tristes e talvez, até envergonhados. Então sempre resolvo esperar mais um pouco, mas acredito que agora está mais fácil. 

“Hoje gastei todo o meu dinheiro e comprei um terreno em Marte. Eis a foto, cedida pela NASA do meu pedacinho de felicidade. Marte é um planeta onde a vida é diferente: é seguro, limpo e silencioso. Sem pessoas, sem carros, sem telefone. Somente eu e a minha imaginação vamos morar no infinito. Mas como se chega lá?”



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